Delegado, agentes e peritos recolheram os CDs e DVDs onde possivelmente estejam os backups dos áudios do último concurso para magistratura realizado pelo TJ-MA, em 2009. O juiz Raimundo Bógea – assessor da presidência – e a servidora Flor de Liz acompanharam a atividade dos Policiais Federais. Os três servidores do setor ficaram do lado de fora sala.
A segunda busca e apreensão no TJ-MA foi determinada pelo CNJ depois que a perícia da Polícia Federal, ao analisar os quatro HDs – ‘apreendidos’ pela PF em maio – constatou que não havia mais os áudios do concurso.
Na época da primeira busca e apreensão, o presidente do TJ-MA desembargador Jamil Gedeon disse por meio de sua assessoria que não foi necessário fazê-la, pois os HDs já haviam sido remetidos para a Justiça Federal, como determinou a Corregedora Nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon. Gedeon também afirmou que não falaria sobre o assunto por conta do sigilo da investigação.
Sem os áudios, a Polícia Federal obteve a informação de que os mesmos haviam sido copiados para CDs e DVDs que estavam guardados no setor de Degravação, exceção feita ao áudio do primeiro dia de prova. O sentimento na PF e no CNJ é de que alguém no TJ-MA decidiu zombar das duas instituições.
Ao decidir pela segunda busca e apreensão, a ministra-corregedora Eliana Calmon também determinou que fossem apreendidos todos os requerimentos e memorandos feitos por seis desembargadores e candidatos solicitando os áudios das provas orais do concurso.
Agora, a Polícia Federal degravará todos os CDs e DVDs apreendidos, e em seguida, o conteúdo da degravação será cruzado com as informações contidas nos memorandos e requerimentos. Que foram devidamente atendidos pelo setor de Degravação.
A genial ideia de entregar os HDs sem os áudios para a PF e o CNJ, pôs o Tribunal de Justiça no centro de uma investigação da Polícia Federal. Era só o que faltava…
(Fonte: Blog do Itevaldo)