sexta-feira, 13 de março de 2015

Miss DF vira Juiza Federal aos 28 anos

Miss. Alessandra Baldini, 28 anos agora é juiza Federal

A Dra. Alessandra Baldini, brasiliense, 28 anos, assumiu o cargo de juíza federal em janeiro deste ano. Além do concurso para o TRF, a miss DF de 2011 foi aprovada em outros cinco nos últimos três anos. Alessandra é pós-graduada pelo Ministério Público, advogada e trabalhou como especialista em regulação da Agencia Nacional de Aviacao Civil (Anac) e analista do Supremo Tribunal Federal. Foi aprovada como analista do Superior Tribunal de Justiça, defensora pública e procuradora do Banco Central.


A experiência jurídica que ela tem e o sucesso em concursos públicos nos induz a pensar que Alessandra teve uma vida dedicada ao Direito, com atenção total à disciplina. Mas na verdade estamos falando de uma jovem mulher que, por um ano e meio, seguiu carreira internacional de modelo e sagrou-se miss DF em 2011. Na disputa nacional de misses chegou até à semifinal. Alessandra uniu beleza à inteligência, além de foco e dedicação, conseguindo alcançar sucesso em diferentes esferas profissionais.


Conciliar as atividades de modelo internacional com os estudos acadêmicos não foi fácil. Alessandra teve que ter muita competência para combinar as distintas atividades. A recém-magistrada também lidou com muito preconceito.

"Na época da faculdade houve preconceito. A maioria das pessoas não acreditava que eu pudesse ser uma boa aluna, já que era modelo. Ainda há preconceito de que modelo não é inteligente, mas eu sempre fui boa aluna. As pessoas ficam surpresas ao saber que uma modelo-miss passou em vários concursos e hoje é juíza federal. Na verdade isso deixa a vitória ainda mais gratificante. A quebra de paradigma funcionou como um plus na vitória. [...]"É uma quebra de paradigma. É a transição de dois mundos completamente diferentes. Em 2012 eu ainda estava cumprindo as tarefas de miss e, em menos de três anos, estou no curso de formação de juiz federal. Embora o perfil das misses tenha se alterado, contando com meninas universitárias, ainda há o preconceito de que a miss apenas lê 'O Pequeno Príncipe'. [...] Tomar posse como juíza federal substituta do TRF é um símbolo de vitória".
"É um sonho realizado. Não preciso fazer mais concurso nenhum, pois esse era exatamente o que eu queria: chegar ao TRF e ser magistrada federal. Agora é iniciar a carreira com dedicação total. O ingresso na magistratura federal implica a responsabilidade de concretizar o princípio fundamental do acesso amplo à Justiça. Há a possibilidade de ser lotada em locais mais distantes. Se isso ocorrer, será uma honra poder fazer parte desse processo de interiorização da Justiça Federal, bem como me dará a oportunidade de conhecer a realidade e a diversidade existentes em um país tão extenso e culturalmente rico como o Brasil. Essa nova fase demandará não apenas o conhecimento jurídico adquirido ao longo dos anos, mas também maturidade e sensibilidade para lidar com conflitos concretos".

(Fonte e foto:jusbrasil.com.br/noticias)