terça-feira, 9 de novembro de 2010

Rebelião em Presidio provoca a morte de 09 pessoas.

SÃO LUÍS - Os presos rebelados liberaram nove corpos de detentos que foram assassinados nesta segunda-feira (8), durante uma rebelião no anexo do Presídio São Luís, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Cerca de 200 presos aderiram ao motim, que acontece desde as 9h. Ainda há muita informação desencontrada. Segundo fontes não oficiais, seriam 14 mortos. Entre as vítimas, três foram decapitadas.

A rebelião teve início após o descuido de um agente penitenciário durante a revista. Presos conseguiram dominar o funcionário e tomar a arma dele, que acabou sendo baleado.

O funcionário foi liberado pelos detentos e encaminhado ao hospital.

Cinco agentes penitenciários são mantidos reféns pelos detentos. As negociações com os presos rebelados serão retomadas nesta terça-feira (9).

Eles reivindicam agilidade nos processos pela Justiça, água no presídio e reclamam da superlotação nas celas.

Os detentos mortos foram identificados como: Neguinho do Barreto, Guri, Negão, Cleiton, Elisangelo, Chiquinho, Dragão, Isaque e Eromar.

No anexo do Presídio São Luís estão, aproximadamente, 80 detentos, entre sentenciados e provisórios.

Hoje: Presos da Penitenciária de Pedrinhas, em outra área do complexo, deram início a uma outra rebelião, com quebra-quebra nas celas e tocando fogo em colchões, por volta das 8h30 desta terça-feira (9). Segundo a polícia, a confusão foi motivada por uma rivalidade entre os presos especiais e os do "fundão". Policiais atiraram para conter a ação dos presos e a Tropa de Choque já cercou o local.

A situação está sob controle, já que não há reféns e os presos não estão armados. A ação dos presos pode ter sido provocada, também, pela morte de um detento, conhecido como Gaguinho, nessa segunda-feira (8), e pela descoberta de um túnel no local. Nesta terça-feira (9), a direção do presídio determinou que eles não teriam banho de sol.

SÃO LUÍS - As negociações com os rebelados no anexo do Presídio São Luís já foram iniciadas na manhã desta terça-feira (9). O agente penitenciário José Ricardo e o capitão Leonardo conversaram com os presos, e o secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, já está na área interna do presídio, participando das negociações. De acordo com o major Diógenes, comandante da Tropa de Choque, as exigências dos rebelados, agora, é a presença do partor Marcos Ferreira e do juiz Marcelo Lobão. Os dois já foram contactados e a comissão de negociação aguarda a chegada dos dois.

Continuam reféns os cinco monitores, que estão aparentemente bem, de acordo com os dois negociadores, que tiveram contato com eles pelas janelas do prédio. Das mortes durante a rebelião, apenas nove foram confirmadas, com três presos decapitados. Não há confirmações de mais mortes dentro do Presídio São Luís, de acordo com o major Diógenes.

Fonte: Portal Imirante.com

http://imirante.globo.com/noticias/2010/11/08/pagina258777.shtml