A rebelião teve início após o descuido de um agente penitenciário durante a revista. Presos conseguiram dominar o funcionário e tomar a arma dele, que acabou sendo baleado.
O funcionário foi liberado pelos detentos e encaminhado ao hospital.
Cinco agentes penitenciários são mantidos reféns pelos detentos. As negociações com os presos rebelados serão retomadas nesta terça-feira (9).
Eles reivindicam agilidade nos processos pela Justiça, água no presídio e reclamam da superlotação nas celas.
Os detentos mortos foram identificados como: Neguinho do Barreto, Guri, Negão, Cleiton, Elisangelo, Chiquinho, Dragão, Isaque e Eromar.
No anexo do Presídio São Luís estão, aproximadamente, 80 detentos, entre sentenciados e provisórios.
Hoje: Presos da Penitenciária de Pedrinhas, em outra área do complexo, deram início a uma outra rebelião, com quebra-quebra nas celas e tocando fogo em colchões, por volta das 8h30 desta terça-feira (9). Segundo a polícia, a confusão foi motivada por uma rivalidade entre os presos especiais e os do "fundão". Policiais atiraram para conter a ação dos presos e a Tropa de Choque já cercou o local.
A situação está sob controle, já que não há reféns e os presos não estão armados. A ação dos presos pode ter sido provocada, também, pela morte de um detento, conhecido como Gaguinho, nessa segunda-feira (8), e pela descoberta de um túnel no local. Nesta terça-feira (9), a direção do presídio determinou que eles não teriam banho de sol.
SÃO LUÍS - As negociações com os rebelados no anexo do Presídio São Luís já foram iniciadas na manhã desta terça-feira (9). O agente penitenciário José Ricardo e o capitão Leonardo conversaram com os presos, e o secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, já está na área interna do presídio, participando das negociações. De acordo com o major Diógenes, comandante da Tropa de Choque, as exigências dos rebelados, agora, é a presença do partor Marcos Ferreira e do juiz Marcelo Lobão. Os dois já foram contactados e a comissão de negociação aguarda a chegada dos dois.
Continuam reféns os cinco monitores, que estão aparentemente bem, de acordo com os dois negociadores, que tiveram contato com eles pelas janelas do prédio. Das mortes durante a rebelião, apenas nove foram confirmadas, com três presos decapitados. Não há confirmações de mais mortes dentro do Presídio São Luís, de acordo com o major Diógenes.
Fonte: Portal Imirante.com
http://imirante.globo.com/noticias/2010/11/08/pagina258777.shtml